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Discurso de ódio é diferente quando direcionado a mulheres, diz Cármen Lúcia
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, disse, nesta sexta-feira (27), que o discurso de ódio é diferente quando direcionado a mulheres. “O discurso de ódio contra homens, contra políticos, é um. O discurso contra mulheres é perverso e pode matar”, afirmou Cármen Lúcia, durante evento organizado pela ONU Mulheres sobre gênero e eleições municipais de 2024. “Matam adolescência, matam estruturas, matam vocações políticas”, complementou a ministra.
Segundo a presidente do TSE, as mulheres estão transformando a ideia de mundo que previa lugares específicos para elas. “Aquele que não quer transformação sobrevém com todas as travas e todas as violências, nós temos situações como a que nós estamos vivendo nos últimos tempos em que as tecnologias são utilizadas para desmoralizar, sexualizar o discurso na política de maneira misógino, cruelmente preconceituosa“, disse.
Recentemente, a ministra citou conversas com prefeitas bem-avaliadas que desistiram de concorrer à reeleição municipal em outubro devido à ataques políticos de gênero. Em um dos casos, uma prefeita disse que a sua filha estava vivendo há um ano e meio com a avó em outra cidade porque não conseguia ir às aulas devido às “coisas” que eram plantadas contra ela de cunho sexual. Cármen Lúcia vem dizendo ainda que o número de processos relacionados à fraude à cota de gênero é, percentualmente, o maior número de recursos resolvidos pelo TSE.
“Não é briga de poder, é busca de espaços plurais para que a gente tenha uma humanidade coerente com os nossos princípios”, afirmou a presidente do TSE, durante o evento de hoje, ao mencionar que a igualdade entre as pessoas é um direito estabelecido na Constituição.
*Com informações do Valor Econômico
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